Com o corpo em forma de
serpente e padrões fortes de cor onde predominam manchas com castanhos,
pretos e amarelos, que se destinam à camuflagem, a moreia é uma espécie
comum ao longo da costa portuguesa. Predador voraz e agressivo,
tendencialmente nocturno, vive em fundos de pedra onde se esconde em
buracos, mantendo apenas a cabeça de fora, aventurando-se a saídas de caça
assim que a escuridão surge.
Não tem escamas e o corpo
está coberto por um muco viscoso produzido por glândulas que tem na pele,
muco de alta toxicidade (crinotoxinas), que se encontram também na boca.
Há quem acredite que a sua mordedura é venenosa e pode ser mortal, o que
não corresponde à verdade. A realidade é que a sua mordedura é muito
dolorosa, devido à sua 2ª mandíbula (ver descrição abaixo) e, caso a
ferida não seja adequadamente tratada, podem surgir infecções graves.
Deverá também ter-se atenção a reacções alérgicas devido à presença de
toxinas nas suas mandíbulas.
A pesca da moreia é feita
ao fundo, com iscadas generosas e preferencialmente nas noites de Verão.
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