Espécie de natureza
gregária, encontra no cardume a segurança e a defesa contra os
predadores. Vulgar ao longo da costa portuguesa, o seu número tem
vindo a decrescer gradualmente, possivelmente devido à contaminação
dos estuários.. Essencialmente carnívora quando adulta, ocorre até
aos 150 metros, aproximando-se da costa entre os meses de Outubro e
Fevereiro.
Apresenta uma boca
grande com pequenos dentes e a maxila inferior proeminente com
barbilho, utilizado como órgão sensitivo, olhos grandes e salientes
adaptados à visão em águas profundas, onde a iluminação é escassa.
Cresce só até aos 40 cm, cor de cobre com manchas escuras no dorso e
uma mancha preta na base das barbatanas peitorais. Corpo fusiforme,
barbatanas sem raios espinhosos, e excelente nadadora, alimenta-se
preferencialmente à noite e de uma forma muito rápida.
A sua pesca não
apresenta grandes dificuldades, embora a sua "picada" seja leve e
nem sempre fácil de sentir. Como costuma ocorrer em cardumes de
vários indivíduos, devem montar-se 2 a 3 anzóis não muito grandes e
a diferentes alturas, utilizando-se como isco filetes de sardinha,
cavala ou carapau, minhoca do mar, ganso ou casulo, de preferência
durante a noite e em águas de alguma profundidade. É um peixe de
fácil captura devido à sua natureza voraz. A carne da faneca é
muito saborosa, embora não muito rija, e de conservação difícil, o
que requer alguns cuidados.
|