Um peixe
impressionante o xarroco e um predador temível. Com "cara de poucos
amigos", vive entre os 10 e os 50 metros de profundidade, passando
grande parte do tempo semi-enterrado no fundo, na areia ou lama, ou
debaixo de pedras, à espera que as presas passem ao seu
alcance para num ápice as engolir com a sua bocarra enorme, com
dentes fortes, o maxilar inferior é proeminente, com expansões
cutâneas, o que lhe permite engolir presas muito grandes.
Tem hábitos
solitários, é sedentário e alimenta-se basicamente de peixes,
crustáceos e moluscos, embora não enjeite os vermes.
Com uma cabeça maciça
e completamente desproporcionada em relação ao corpo, os olhos
colocados lateralmente e chegados ao topo da cabeça, a sua cor pode
variar entre o castanho avermelhado e o verde, muitas vezes às
manchas - tem o corpo coberto por uma substância viscosa, que é
tóxica, e o seu aspecto faz lembrar um tamboril, ainda que nada
tenha a ver com este.
Contrariamente ao que
se pensa, a presença do xarroco indica água de boa qualidade, pois
não tem grande resistência a águas poluídas.
É normalmente pescado
de forma acidental, quando o pescador está direccionado para outras
espécies, pois vive na mesma área, e quase nunca traz satisfação a
quem o captura, É bastante comum nos estuários dos Rios Sado e Tejo
e os poucos pescadores que o aproveitam fazem-no normalmente em
caldeiradas ou sopa de peixe.
Tamanho máximo
registado: 55 cm
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